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No mês de fevereiro, serão iniciadas as obras de implantação de coletores tronco de esgoto às margens dos córregos e a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em Potunduva, com custo total estimado em R$ 10 milhões e previsão de finalização em 2019. Estas obras serão responsáveis pela despoluição total da bacia hidrográfica do distrito. A meta é a universalização do saneamento básico na cidade até o final do ano de 2019 e, para isso, serão implantadas mais duas Estações de Tratamento de Esgoto em Pouso Alegre de Baixo e na Vila Ribeiro, bairros afastados da área central da cidade.
“Com essas obras, Jahu, a partir de 2020, pertencerá ao seleto grupo de municípios brasileiros que têm 100% tratamento do seu esgoto tratado, o que já acontece com a distribuição de água tratada, que atualmente é disponibilizada à toda população”, afirma o prefeito Rafael Agostini.
Córregos despoluídos
As obras dos coletores tronco serão realizadas nas margens dos córregos das Araras e Água Branca. Serão implantados cerca de 3,5 quilômetros de rede coletora e mais três estações elevatórias, que transportarão o esgoto para a ETE Potunduva. Hoje, os imóveis do distrito contam apenas com a coleta e o afastamento do esgoto, que é lançado nos dois cursos d‘água. Com as obras, o esgoto será coletado e direcionado para a ETE, onde será feito o tratamento, despoluindo, assim, o Água Branca e o Araras. A previsão é de que as obras sejam concluídas em 12 meses e o valor a ser investido, de aproximadamente R$ 2,5 milhões.
ETE Potunduva
A ETE Potunduva deve ter suas obras concluídas em abril de 2019, com custo aproximado de R$ 7,5 milhões. A estação terá capacidade média de tratar 25 litros por segundo, atendendo com folga a população atual do distrito. A estação funcionará com processos físico-químicos e biológicos, proporcionando a qualidade de lançamento necessária ao efluente tratado, atendendo aos padrões e exigências legais no âmbito federal e regional (Resolução Conama 430 de maio de 2011 e o Decreto Nº 8.468 de 1976 do Estado de São Paulo).
ETE Potunduva receberá todo o esgoto bruto da bacia de Potunduva em seu primeiro estágio de tratamento. Este é o Tratamento Preliminar Integrado (Ptrat), que, por meio de moderno e eficiente equipamento, realiza três fases, removendo em cada uma delas, respectivamente, o lixo (sólidos grosseiros), areia e gordura. O efluente deste tratamento é encaminhado para uma elevatória (elevatória pós-Ptrat), que tem a função de encaminhar todo o esgoto preliminarmente tratado para o reator combinado anaeróbio/aeróbio.
O reator combinado anaeróbio/aeróbio sequencial foi desenvolvido dentro do centro de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), sendo hoje uma das mais modernas tecnologias empregadas em sistema de tratamento de esgoto. O reator sobrepõe os dois sistemas de tratamento consolidados tecnicamente no meio do saneamento (processo anaeróbio e processo aeróbio) em um mesmo fluxo ascensional. Com essa ação, um dos reflexos causados pelo processo anaeróbio, o odor causado pelo gás sulfídrico, é tratado e oxidado no reator aeróbio, mitigando esse possível problema.
Após a passagem do esgoto no reator combinado (processo biológico), obtém-se o efluente tratado com algumas partículas de sólido (lodo biológico), que será retido no processo unitário de tratamento subsequente, o decantador lamelar. Este tem a função de reter toda e qualquer partícula de sólido biológico, encaminhando para o corpo receptor o efluente tratado e límpido. Neste processo são utilizadas lamelas (lâminas) que permitem aumentar a capacidade do sistema, reduzindo assim sua área útil necessária. O efluente tratado, antes de ser encaminhado para o corpo receptor, passa por um equipamento de medição de vazão, permitindo o controle volumétrico de efluente coletado e tratado na estação, bem como um tanque de contato, onde recebe dosagem de químicos que o desinfetam.
Os equipamentos necessários para a operação plena do sistema, como sopradores de ar (reator biológico), bombas das elevatórias, tratamento preliminar integrado, sonda de oxigênio, medidor de vazão, entre outros, serão controlados remotamente e monitorados no Centro de Controle Operacional (CCO) da concessionária. A automação da ETE permite melhor controle sobre os processos, garantindo, assim, sua eficiência.
100% de esgoto tratado
Atualmente, Jahu é contemplado com 100% de coleta e afastamento de esgoto, sendo 94% tratados. Com a implantação da ETE Potunduva e dos coletores tronco nos córregos do distrito, o município atingirá a marca de 98,8% de esgoto tratado. Caminhando para a universalização do tratamento de esgoto de Jahu, a concessionária deve, ainda em 2018, após a emissão da licença de instalação pela Cetesb (processo já em andamento), implantar a ETE Pouso Alegre de Baixo, atingindo a marca de 99,8% de esgoto tratado. Com isso, restará apenas o tratamento do esgoto da Vila Ribeiro, estando prevista a implantação de uma ETE no local em 2019, totalizando então 100% de esgoto coletado e tratado no município.
“Vale observar que poucos municípios brasileiros contam com 100% de distribuição de água tratada e 100% de esgoto coletado e tratado e, a partir de 2020, Jahu fará parte dessa elite. O saneamento contribui com diversas áreas da cidade, como saúde, no sentido preventivo de doenças, e meio ambiente, mas também no seu desenvolvimento econômico, pois, contando com infraestrutura básica instalada e funcionando adequadamente, Jahu certamente tem condições de atrair mais investimentos empresariais. Proporcionando a todos os seus moradores melhor qualidade de vida”, conclui Rafael Agostini.