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Prefeitura de Jahu > Prefeitura de Jahu realiza palestra para professores e gestores sobre dengue

 

 A Prefeitura de Jahu, por meio da Secretaria de Educação, promoveu na noite de segunda-feira (30/11), no Espaço Pedagógico “Professora Kátia Pascolat Domeniconi”, palestra para professores e coordenadores da Rede Municipal de Ensino sobre a dengue, sobre o zika vírus e sobre a febre chikungunya com a médica infectologista Dra. Brígida Reis.


             Segundo a médica, não podemos enfraquecer. “Nas doenças transmitidas por vetores, como é o caso do Aedes Aegypti, é imprescindível que haja uma interação entre Saúde, Educação e Meio Ambiente, pois se não tivermos o Meio Ambiente nos auxiliando na busca de prováveis focos, os profissionais da Saúde também não conseguem atuar. E a Educação vem para divulgar. Só mudamos o mundo por meio da Educação. O infectologista ele é especialista em doenças infecciosas, mas antes disso ele trabalha com a prevenção. Mas no Brasil nem sempre a prevenção está em primeiro lugar”.


             

Durante a palestra, a infectologista discorreu sobre as semelhanças e diferenças entre as três doenças transmitidas pelo vetor. “A dengue tem origem espanhola, e faz referência ao estado do portador da doença. Os hábitos do mosquito Aedes Aegypti são diurnos e noturnos, e tem mudado muito suas características: devido as altas temperaturas, esse vetor está dentro das residências, em locais mais frescos. Seus ovos são extremamente resistentes, e, quando em contato com a água parada (limpa ou suja), é desenvolvida a larva, que dará origem às pupas e, depois, ao mosquito adulto, que vive 45 dias. A fêmea é a única que pica, pois precisa de sangue para passar pela fase do ciclo. Após picar uma pessoa infectada com o vírus da dengue, o mosquito pode contaminar até 300 pessoas. E será que o vírus pode ficar no ovo? Está em estudo essa possibilidade. Depois de um período de 8 a 12 dias, o mosquito está apto para transmitir a doença. O período de incubação no ser humano é de 3 a 15 dias, e é nesse período que os sintomas podem ou não aparecer. Temos quatro tipos de vírus da dengue: vírus dengue 1, 2, 3 e 4. No ano dengue (de julho de 2014 a julho de 2015), Jaú teve 220 casos da doença (vírus dengue tipo 1). Mas há o vírus dengue tipo 2 em outros Municípios do Estado de São Paulo. Pode-se ter dengue duas vezes, mas não pelo mesmo vírus. Os sintomas dependem do sistema imunológico de cada um. O melhor tratamento para quem está com dengue é a hidratação. Já o zika vírus passou a circular nas Américas recentemente, e os sintomas surgem 10 dias após a picada do mosquito Aedes Aegypti. O paciente infectado apresenta febre acima de 38 graus, manchas avermelhadas pelo rosto, dor de cabeça constante, vermelhidão e hipersensibilidade nos olhos, dor nas articulações (especialmente nas mãos e nos pés), dor nos músculos, cansaço excessivo, dor na barriga, náuseas, diarreia ou prisão de ventre e exantema igual da dengue pelo corpo. Esses sintomas duram 7 dias e podem ser confundidos com a dengue. Esse tipo de doença você não identifica por meio de sorologia, somente por meio de um exame chamado PC-R (exame de reação em cadeia de polimerase). Em algumas pessoas, esse vírus pode causar uma diminuição de força muscular importante que tem início na ponta dos pés e vai ascendendo. Se essa diminuição chegar ao nível do tórax, pode paralisar os músculos da respiração. O tratamento é muito parecido com o da dengue: hidratação, medicamentos sintomáticos (remédios para febre – paracetamol e dipirona) e medicamentos para dor (menos anti inflamatórios) ”.

Segundo o Ministério da Saúde, até 28 de novembro foram notificados 1.248 casos de microcefalia (quando o perímetro cefálico é menor a 33 centímetros) no país, e isso levantou a possibilidade de existir um agente em comum. Foram identificados em 311 Municípios de três Estados e no Distrito Federal. O órgão confirmou na mesma data a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika. A partir desse achado do bebê que veio à óbito, o Ministério da Saúde considera confirmada a relação entre o vírus e a ocorrência de microcefalia. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

“A Chikungunya também tem os sintomas parecidos com o da dengue: febre alta, dores articulares e musculares, cefaleia, náusea, fadiga e exantema. A doença tem três fases: aguda, subaguda e crônica. Na fase aguda, o paciente tem dor atrás dos olhos, calafrio, conjuntivite, faringite, náusea, vômito, diarreia, dor abdominal e neurite. Pode também surgir caroço no pescoço. A manifestação clínica principal são as dores articulares em várias articulações. Não é uma doença de alta letalidade, mas ela tem um caráter epidêmico grande, pois as pessoas ficam queixosas durante muito tempo e procuram o atendimento médico muito tempo. O período de incubação é de três a sete dias, podendo variar até 12 dias, e no vetor ocorre em 10 dias. O vírus no ser humano pode ser transmitido até o décimo dia, e o da dengue é até o sétimo dia. Outra situação epidemiológica importante na chikungunya: 70% das pessoas terão sintomas. A doença é descoberta por meio de sorologia (igualmente como a dengue). Não há tratamento específico: somente hidratação e analgésicos”.

 

Ainda conforme a médica infectologista, apesar do Município ter passado por uma epidemia em 2013, as pessoas não aprenderam. “Visitamos as residencias e ainda encontramos grande quantidade de larvas. Essa situação de risco aponta 199 Municípios com risco. Em nossa região, Barra Bonita, Bocaina, Bauru e Ibitinga estão em fase de alerta. Guarujá, Euclides da Cunha e Votorantim estão com alto risco de epidemia. O que nos resta é eliminar o vetor antes que ele nos pegue”. 

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