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Prefeitura de Jahu > Prefeitura homenageia João Ribeiro com teatro na solenidade de sábado

Solenidade que celebra os 87 anos da travessia do aviador será às 19h na Praça Siqueira Campos, terá encenação da peça Asas ao Vento e apresentação da Banda Carlos Gomes

 

A Prefeitura de Jahu, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, realiza neste sábado (26/04) a tradicional solenidade em homenagem ao aviador João Ribeiro de Barros. A travessia histórica do comandante completa 87 anos em 2014. Para marcar a data, a Prefeitura marcou para as 19h de sábado a solenidade cívica na Praça Siqueira Campos. O cerimonial se completa com encenação de teatro sobre o herói jauense e a apresentação da Banda Carlos Gomes.

“Neste sábado faremos a tradicional homenagem ao vôo do nosso herói João Ribeiro de Barros. Será às 19h, na Praça Siqueira Campos. Gostaria de convidar a população para a solenidade cívica com o Tiro de Guerra, com a família de João Ribeiro e a presença do prefeito Rafael Agostini e de demais autoridades”, convida o secretário de Cultura, Esporte e Turismo, Hamilton Chaves.

O secretário fala dos eventos que vão complementar a cerimônia cívica. “Vamos contar também com duas atrações artísticas. Uma é o Grupo Epifania, que vai encenar a peça Asas ao Vento, que homenageia o comandante. O tema desse encontro será a importância que teve a dona Margarida, mãe de João Ribeiro,  na travessia e na manutenção do desejo de fazer a travessia do comandante. E logo após essa encenação a Banda Carlos Gomes vai dar um grande show para a população.”

Hamilton Chaves lembra que a homenagem a João Ribeiro de Barros faz parte da programação cultural do Festival Saul Galvão de gastronomia – o festival início nesta sexta-feira (25/04) e vai até 11 de maio, com preços promocionais nos drinks e pratos dos 22 bares e restaurantes participantes. Paralelamente à gastronomia jauense, o Festival Saul Galvão tem uma série de eventos. A programação completa está no site da Prefeitura (www.jau.sp.gov.br/festival_saul_galvao.php) e no site do próprio festival (www.festivalsaulgalvao.com.br/)

Convido a vocês para esse passeio de sábado à noite, leve a família à Praça Siqueira Campos para homenagear o nosso herói João Ribeiro de Barros”, convida o secretário de Cultura, Esporte e Turismo. Ele destaca ainda mais dois eventos musicais previstos para domingo (27/04) no Festival Saul Galvão: Amigos da Música Eletrônica, 14h às 22h no Parque do Rio Jaú; e Museu do Rock, às 20h no Museu Municipal.

 

Café e Museu – O Comandante João Ribeiro de Barros é tema de outra atração do Festival Saul Galvão. No dia 30 de abril, às 19h, o Cinema Municipal recebe o historiador e professor Marcus Carmo para o “Café Histórico – O Jahu do João: histórias do Comandante”.

Antes, porém, no dia 28 de abril, data em que se comemoram os 87 anos da travessia, o Museu Municipal José Raphael Toscano estará aberto o dia todo para receber visitas. O diretor do museu, Júlio Polli, explica que estará à disposição para contar a história e conversar sobre João Ribeiro de Barros com os visitantes. Ele convida a todos para conhecer a nova Sala 1, que foi remodelada no ano passado, ampliando o espaço do acervo relativo ao feito do aviador. O museu estará aberto das 9h às 17h.

 

 

 

26 de abril – Sábado

Praça Siqueira Campos – 19h

Homenagem a João Ribeiro de Barros

Intervenção Cênica: Grupo Teatral Epifania

Apresentação da Banda Carlos Gomês

A homenagem é dedicada ao aviador e herói jauense João Ribeiro de Barros.  Piloto da aviação civil, brasileiro nascido no município de Jahu, foi o primeiro aviador das três Américas que fez a travessia aérea da Europa para a América do Sul, comandando o hidroavião Jahú, marca Savoia Marchetti S-55, cruzando o Oceano Atlântico (1927).

Filho de Sebastião Ribeiro de Barros e de Margarida Ribeiro de Barros, tinha seis irmãos e fez seus estudos iniciais no Ateneu Jauense, fundado por seu avô o capitão José Ribeiro de Camargo Barros (1853) e completou seus estudos secundários no Instituto de Ciências e Letras de São Paulo. Ingressou no curso de Direito da Faculdade do Largo de São Francisco, hoje Universidade de São Paulo (1917), mas abandonou o curso (1919) para se dedicar ao estudo em mecânica de aviões nos EUA. Já na França, obteve seu brevet internacional (1923) da Liga Internacional dos Aviadores, iniciando sua carreira de piloto.

Aperfeiçoou seus conhecimentos como navegador aéreo e piloto nos EUA e de acrobacias aéreas na Alemanha e começou a se preparar para uma travessia aérea transatlântica inédita (1926). Pediu auxílio ao governo brasileiro, mas não conseguiu ajuda oficial. Obstinado, não desistiu de seu projeto, vendeu sua parte de herança a seus irmãos e com este dinheiro foi para a Itália, onde comprou uma aeronave usada e com o mecânico Vasco Cinquini, fez diversas reformas e adaptações para melhoria da velocidade e autonomia.

O aparelho foi rebatizado com o nome Jahú em homenagem à sua cidade natal e com três outros tripulantes, o co-piloto Arthur Cunha, o navegador Newton Braga e Vasco Cinquini, voou de Gênova, em Itália, até Santo Amaro, São Paulo, fazendo escalas  em Alicante, na Espanha, Gibraltar, Cabo Verde, Fernando de Noronha, Natal, Recife, Salvador e Rio de Janeiro e chegando a São Paulo, com as escalas em solo brasileiro em atendimento aos festejos e à consagração pública dos tripulantes, os quais inclusive foram recebidos pelo então presidente Washington Luis, no Palácio do Catete, Rio de Janeiro.

A viagem foi extremamente dificultada por sabotagens no motor do avião ainda em Gênova, forçando uma parada em Alicante, onde foi preso, acusado de pousar sem permissão e teve que fazer uma nova escala de emergência em Gibraltar onde foram feitos novos reparos. Ancorado em Porto Praia, Cabo Verde, quando se preparava para fazer a travessia contraiu malária e teve que esperar mais um tempo, além de ter que remontar e consertar todo o avião e chegou a receber um telegrama do presidente Washington Luís desaconselhando a viagem.

Em Cabo Verde, devido a desentendimentos, dispensou o co-piloto Arthur Cunha, que foi substituído pelo tenente aviador da Esquadrilha da Aviação da Força Pública de São Paulo, hoje Polícia Militar, João Negrão, antes de partir para cruzar o Atlântico, mesmo em péssimo estado de saúde. Sua travessia foi mais heróica, pois venceu sabotagens, chantagens de companheiros e a negligência da governo, mas partindo de Praia na ilha de Santiago, em Cabo Verde, cruzou o Atlântico com seus três companheiros a bordo do Jahú, que amerissou triunfante na enseada norte de Fernando de Noronha (1927).

Em uma aventura de altos riscos, apesar de um dos motores apresentar problemas durante a viagem e enfrentar chuva, conseguiu estabelecer um recorde de velocidade que só foi batido alguns anos depois e nos tanques da aeronave ainda restavam 250 litros de combustível. Depois do feito, ainda esteve na França (1929), comprou uma aeronave nova da Breguet, que em homenagem à sua mãe, falecida naquele ano, deu-lhe o nome de Margarida, envolveu-se na Revolução Constitucionalista como voluntário (1932) e foi preso político no governo do presidente Getúlio Vargas. Solteiro e sem filhos, faleceu na fazenda Iriçanga em seu município natal, Jaú, devido a problemas hepáticos provocados pela malária contraída anos antes e seu corpo sepultado no cemitério municipal.

Depois seus restos mortais foram transferidos para a Praça Siqueira Campos e alojados no monumento erigido no local em respeito à sua memória. Graças às suas façanhas, conquistou títulos, prêmios e recebeu várias homenagens como Legião de Honra (França), a Cruz Gamada(Alemanha) e a Cruz de Malta (Itália) e hoje é patrono do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, o INCAER. O Jahú foi restaurado a sua configuração original pela empresa Helipark, de Carapicuíba, Estado de São Paulo, e levado para o Museu Asas de um Sonho, em São Carlos.

 

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